13 de maio de 2011

Ministro: sem Fielzão, não há Copa das Confederações em São Paulo

Depois de evento na Assembleia Legislativa, Orlando Silva Júnior praticamente descarta a presença da capital paulista no torneio

Por Leandro Canônico São Paulo
Ministro Orlando Silva Jr e Andrés Sanches (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, e o
presidente do Timão,  Andrés Sanches, em reunião
(Leandro Canônico / Globoesporte.com)
A participação de São Paulo na Copa das Confederações de 2013 depende totalmente da construção do estádio do Corinthians, em Itaquera. Essa é a posição de Orlando Silva Júnior, ministro do Esporte. Nesta sexta-feira, durante evento na Assembleia Legislativa, ele afirmou que a cidade não estará na competição caso o Fielzão não fique pronto – o torneio ocorre sempre um ano antes do Mundial.
- Se o estádio do Corinthians não ficar pronto, acredito que São Paulo fica fora da Copa das Confederações - declarou o ministro.
Recentemente, com o constante atraso nas obras do estádio corintiano, surgiu a ideia na capital paulista de que o Morumbi, do São Paulo, o Pacaembu, do município, ou a Arena Palestra, estádio em construção do Palmeiras, poderiam ser uma sede “tampão”. Mas Orlando Silva Júnior não concorda com isso.
- O que eu sustento é que não é razoável que a Fifa beneficie uma cidade que não cumpriu o acordo feito anteriormente. Não faz sentido fazer a Copa das Confederações em um estádio que não vai servir para a Copa do Mundo - comentou Orlando Silva.
Escolhido como representante paulista na Copa do Mundo de 2014, o estádio do Corinthians em Itaquera não ficará pronto a tempo de receber a Copa das Confederações. Isso já vem sendo dito pelos dirigentes alvinegros. Depois de vários atrasos, a obra tem previsão de início no mês de junho.
- Acho que se o Palestra Itália ficasse pronto, até poderia ter. Mas pelo que sinto a Copa das Confederações em São Paulo já era - disse Andrés Sanches, presidente do Corinthians.
Ministro cutuca São Paulo
Orlando Silva Júnior criticou o atraso da capital paulista nas obras para o Mundial. Não só com relação ao estádio do Corinthians, escolhido para abertura, mas também na infraestrutura.
O ministro do Esporte disse ter ouvido várias vezes dos governantes estaduais e municipais que as soluções estão próximas, mas até agora...
- Não foram poucas as vezes que conversei com o prefeito Gilberto Kassab e com o governador Geraldo Alckmin e ouvi que (a obra) começaria nos próximos dias. Eu espero que os próximos dias estejam próximos. Nós insistimos que São Paulo precisa se qualificar rapidamente para a abertura – declarou o Ministro dos Esportes.
Orlando Silva cobrou não apenas que o Fielzão, com inicio das obras previsto para junho, seja acelerado, mas também que as obras no entorno do estádio e no restante da cidade também ganhem tom de prioridade.
Andrés Sanches, presidente do Corinthians, também esteve no evento e adotou o discurso de sempre:
- Quero deixar um registro explícito aqui. Nós, do Corinthians, defendemos Itaquera sempre. A Copa do Mundo veio depois. Nunca brigamos para ter abertura de Mundial, mas, pela necessidade da cidade de São Paulo, isso se tornou possível. Faz cinco meses que não vejo outra coisa. E mesmo com todas as dúvidas e desconfianças, esse será o estádio da Copa..

A nova previsão de início para as obras do Fielzão é junho. O que deixa a cidade de São Paulo cada vez mais distante da Copa das Confederações, já que Orlando Silva Júnior deixou claro que a organização não aceitará um estádio “tampão” para que a capital paulista participe do torneio.

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