Últimos campeões olímpicos, Brasil e EUA se reencontram na Liga Mundial
Partidas de sábado e domingo, no Maracanãzinho, serão os primeiros duelos oficiais entre as duas equipes desde a final dos Jogos de Pequim, em 2008
Bernardinho orienta o bloqueio brasileiro no Mineirinho (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
Do lado brasileiro, Gustavo é a grande ausência. O central, que enfrentaria os americanos pela primeira vez desde o revés na China, sofreu uma fratura durante o treino de terça-feira e está fora do torneio. Giba, liberado para compromissos com os patrocinadores, não será relacionado. A única dúvida na escalação da equipe é a presença de Dante. Com uma inflamação no joelho, o ponteiro foi poupado dos últimos dois treinos. Clinicamente liberado para jogar, o ponteiro tem a dor como limitador de sua participação em quadra. Mas, mesmo que seja relacionado, João Paulo Bravo é quem deve começar como titular.Alan Knipe reúne os jogadores americanos após o
trieno (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
Na equipe americana, o técnico Alan Knipe ainda não definiu o levantador. Desde a aposentadoria de Lloy Ball da seleção, há um rodízio no setor. Neste fim de semana, Brian Thornton e Donald Suxho disputam a vaga. Nesta sexta-feira, cada um atuou com a base titular durante uma parte do treino de mais de duas horas realizado no Mineirinho. O oposto Stanley, eleito o melhor jogador das Olimpíadas de Pequim, e o ponteiro e capitão William Priddy seguem como os principais nomes do ataque.trieno (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
Na análise fria dos números, as partidas deste fim de semana valem a liderança do Grupo A. O Brasil, que venceu todos os quatro jogos disputados até então, soma 12 pontos e ocupa a primeira posição. Os EUA, que perderam na estréia para a Polônia, têm nove pontos. Dois triunfos podem deixar a classificação da equipe verde e amarela para a fase final bem encaminhada.
O confronto, porém, envolve uma rivalidade enorme. Os americanos são a maior pedra no sapato da seleção na Era Bernardinho e os responsáveis pela maior frustração do grupo no período: a perda do ouro olímpico em 2008. No mesmo ano, os adversários desta rodada também foram responsáveis pela eliminação do Brasil, em casa, nas semifinais da Liga.
Serginho, líbero da seleção brasileira: “Os Estados Unidos são um time que joga taticamente certinho, que tem um padrão de jogo e erra pouco, enquanto nós erramos muito contra a Polônia. Precisamos diminuir esses erros para jogar de igual para igual com eles. Vai ser difícil para nós, mas com certeza vai ser difícil para eles também.”
Murilo exalta rivalidade, mas descarta clima de
revanche (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
Murilo, ponteiro da seleção brasileira: “Não adianta falar em revanche porque não vamos ganhar a medalha de ouro se vencermos os Estados Unidos agora. Pelo menos eu não penso assim. O jogo contra os estados Unidos tem a tradição e a rivalidade, mas são gerações diferentes. Os times não são os mesmos de 2008, nem o nosso nem o deles. O que vale é se acostumar com o jogo deles porque, com certeza é uma equipe que vamos encontrar em jogos decisivos.”revanche (Foto: Alexandre Arruda / CBV)
William Priddy, ponteiro e capitão dos EUA: "Espero que o Brasil faça um grande jogo como sempre. É o melhor time do mundo e sempre é um adversário duro. Não temos expectativas, mas vamos dar o nosso máximo. Ainda estamos buscando a química ideal, fazendo acertos. Queremos ser maia agressivos, mas diminuindo os erros não forçados. Só queremos construir, semana a semana, uma equipe mais preparada para a fase decisiva."
Russell Holmes, meio de rede dos EUA: "Teremos que colocar muita pressão desde o começo e tomar cuidado com os opostos, que estão em grande fase. Esses dois jogos contra o Brasil serão verdadeiras batalhas. Fizemos uma partida ruim na estréia contra a Polônia e outra já melhor. Contra Porto Rico também. Agora, com dois campeões olímpicos em quadra, podem esperar um jogo muito disputado."
Priddy se prepara para sacar em treino no Mineirinho
(Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Na equipe dos Estados Unidos, é bom ficar de olho na dupla Priddy e Stanley. Capitão dos EUA, o ponteiro é o maior pontuador da equipe até o momento, com 68 pontos, 54 deles de ataque. Nas partidas contra Polônia e Porto Rico, nas duas primeiras rodadas, foi o maior destaque do time americano. O oposto, por sua vez, foi eleito o melhor atleta do vôlei nos Jogos Olímpicos de Pequim e, para Bernardinho, é o melhor sacador do mundo.(Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Do lado verde e amarelo, João Paulo Bravo merece atenção. Sem Giba, o ponteiro deve ter nova chance entre os titulares, reforçando a linha de passe ao lado de Serginho e Murilo. Melhor jogador da seleção nos confrontos de estreia em San Juan, o jogador foi discreto diante dos poloneses, mas pode voltar a surpreender, já que os americanos demonstraram preocupação com os opostos brasileiros e devem reforçar a marcação destas jogadas.
João Paulo Bravo deve ter nova chance entre os titulares (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
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